Coliseu, Roma, Itália

Um sábado em Roma: uma pizza, um gelato e muita vontade de voltar

Meu destino era Istambul, na Turquia, mas quando vi uma longa conexão de ida em Roma, não pensei duas vezes. Por que não passar algumas horinhas por lá e descobrir o gostinho italiano?

Desde março de 2018, a Latam abriu um voo direto de São Paulo a Roma e fez da capital italiana mais um hub no velho continente, que conecta o Brasil a vários outros destinos pela Europa e Ásia. Na maior parte dos casos, as conexões são longas, o que permite que o viajante saia para dar umas “bandas” pela cidade.

Foi o meu caso! Meu voo chegou no Fiumicino às 9h05 e a partida para Istambul estava programada para 19h50, portanto, pouco mais de 10 horas em solo italiano, tempo suficiente para sair e voltar para o aeroporto (com folga!).

Eu cheguei um pouco atordoada e demorei um pouquinho para sair (e saí totalmente sem roteiro), mas deu certo.

Normalmente em conexões internacionais as malas seguem direto para o destino final, então a única preocupação é guardar a mala de bordo (para quem tiver) e passar pela imigração. Como fui com passaporte europeu, nem precisei me preocupar com tempo de imigração, então foi ainda mais simples. Fui direto ao Left Luggage Room que fica no Terminal 3, bem no fim do saguão, à direita de quem desembarca, e deixei a minha malinha por lá. O depósito funciona diariamente das 6h30 às 23h30 e o período de 24 horas custa 6 euros, que podem ser pagos com dinheiro ou cartão. Importante: lembre-se de ter um cadeado para deixar a sua mala fechada.

Depois de guardar a bagagem, abri o Google e digitei o famoso “o que fazer em Roma em um dia” e pronto! Vi que o melhor era pegar um trem direto do terminal até a estação central Roma Termini e de lá um metrô ao Coliseu. E assim foi.

A companhia é a Trenitalia e há duas opções: a mais barata, que custa 8 euros, leva aproximadamente 50 minutos e para em várias estações; e a mais rápida, chamada Leonardo Express, que vai direto à estação central, em aproximadamente 30 minutos, e custa 14 euros. Optei pelo expresso para ir e voltar.

Chegando na Roma Termini, fui ao terminal de metrô e comprei dois bilhetes (1,50 euros cada) para ir e voltar à estação do Coliseu, mas dependendo do que você pretender fazer, nem precisa do metrô. Vou explicar o porquê logo mais.

A linha que vai ao Coliseu é a B, sentido Laurentina, e são apenas duas estações.

Estação de metrô dentro da Roma Termini, sentido Laurentina, para o Coliseu

Chegando lá já foi aquela surpresa: meu Deus, eu estou em Roma! Você sai da estação e já dá de cara com aquela grandiosidade construída em 72 d.C., a mais emblemática construção da cidade, que fora um anfiteatro (o maior anfiteatro romano já construído) e hoje é Patrimônio da Humanidade, título conferido pela Unesco.

Coliseu

Passados alguns minutos de deslumbramento, já comecei a ficar incomodada com aquele tanto de gente indo e vindo. Sim, sou viajante, mas tenho pavor de destinos muito badalados. E de todos que já visitei (que inclui grandes capitais do turismo como Nova Iorque, Londres, Madri, Dubai), Roma foi, disparado, a que mais me atordoou com a quantidade de gente. Sério, é muita gente por todos os lados, o tempo inteiro!

Aí já me dá uma certa preguiça de encarar filas imensas debaixo de sol forte (estava friozinho, mas um sol de lascar), e como tinha pouco tempo e queria também ir ao Vaticano, optei por não entrar no Coliseu (me arrependo) e comprei um ticket para o ônibus hop on hop off, que me permitiu fazer um tour panorâmico mais rápido. Achei que vale muito a pena, principalmente para quem está só de passagem pela cidade.

Você compra o ticket em um guichê na saída da estação (23 euros o tour básico, de 1 dia; ou 18 euros se for após às 13h) e é só atravessar a praça do Coliseu para pegar o ônibus, que passa de 20 em 20 minutos. Fiquei surpresa que, embora a cidade estivesse um formigueiro, não tive dificuldades de entrar no ônibus e pegar um bom lugar na parte de cima.

Hop On Hop Off Roma

O tempo do passeio (volta completa) varia conforme as paradas que você fizer (eu só desci mesmo no Vaticano), mas se você começar cedo, consegue fazer pelo menos umas quatro paradas e voltar direto para a Roma Termini.

Aliás, foi aí que vi que não precisava ter gasto com metrô. É que uma das paradas do hop on hop off é justamente a estação, então você pode economizar 3 euros com o metrô que vai ao Coliseu e já pegar o ônibus turístico direto na estação central. Além de dinheiro, economiza tempo também!

Bem, saindo do Coliseu, que é o ponto 3 do ônibus, você passa pelo Circo Massimo já em ruínas (ponto 4), que foi um circo e o maior estádio de Roma, utilizado para corridas de Bigas; depois pelo Monumento Nacional a Vítor Emanuel II, que não tem parada; e vai ao ponto 5, a tradicional Piazza Venezia.

É da Piazza Venezia que você chega à Fontana di Trevi, que também é facilmente acessada (e acho que talvez seja até mais perto), pelo ponto 8, que é a Piazza Barberini, já chegando de volta à Roma Termini.

Mas, como falei, eu só desci no Vaticano, que é o ponto 6.

É importante dizer que o ônibus não para exatamente na Piazza San Pietro, da basílica, e sim no Castelo Sant’angelo, onde é preciso cruzar uma ponte que leva o mesmo nome do castelo (lindíssima e com uma vista ainda mais linda), para daí caminhar por mais alguns minutos até a Città del Vaticano.

Curiosidade: o Vaticano é considerado pela teocracia como um país – sim, um país – e o menor do mundo, com 0,44 quilômetro quadrado, encravado no coração de Roma. É lá que fica a sede da Igreja Católica e a residência oficial do Papa e é o Vaticano o único país inteiro a ser considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

Chegando no Vaticano

Seguindo com o roteiro, dei uma volta pela praça, chamei minha mãe pelo Facetime para que ela visse o sino batendo ❤️, e embora tivesse muita vontade de entrar na basílica, desisti quando vi o tamanho da fila. Com certeza ficaria por ali por horas e, além do tempo para voltar para o aeroporto, eu já estava morrendo de fome e ansiosa pra conhecer a pizza da Itália.

Voltei para próximo do Castelo Sant’angelo e me sentei no primeiro restaurante que vi, de frente para a ponte, para fazer uma boquinha.

Pedi uma pizza e, para desespero da galera, uma cerveja para acompanhar. Sim, cerveja! Logo na Itália,“luogo di vino”. E pior: no Vaticano, onde o consumo per capita é de quase 55 litros de vinho por ano. Isso mesmo! A média é que uma pessoa sozinha beba mais ou menos cinquenta e cinco litros de vinho por ano. Que falta de respeito beber cerveja num lugar desse, hein Giseli? Mas eu não tava com vontade de vinho, fazer o que? 😊

De volta ao ônibus, ainda tive oportunidade de descer em outras duas paradas (a 7, Piazza di Spagna; e a 8, Piazza Barberini, aquela que dá acesso à Fontana di Trevi), mas não desci, porque estava com medo de perder o avião.

Voltei para a Roma Termini e comprei o ticket do Leonardo Express em uma das várias máquinas que tem no terminal. Tudo super tranquilo e rápido!

Já de volta ao aeroporto, eu não podia fechar a minha passagem pela Itália sem um bom gelato, né? E, claro, um vinho – que foi perdido no raio-x do aeroporto na Turquia e, portanto, não bebi 😞 mas tudo bem, o que vale é a intenção rs.

Buono gelato

Tem mais de 6 horas em Fiumicino? Não deixe de visitar Roma! Dá tempo e vale muito a pena!

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Buon viaggio! Arrivederci!

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